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Frieiras: o que são e como prevenir

As frieiras, perniose ou eritema pérnio, podem definir-se como uma reação inflamatória exagerada às baixas temperaturas. Geralmente, afetam os dedos das mãos e dos pés, podendo também atingir os tornozelos, joelhos, cotovelos, nariz e orelhas.

Habitualmente, as frieiras melhoram ou desaparecem passadas três semanas, sem deixarem danos. Se isso não acontecer, pode ser recomendável agendar uma consulta de dermatologia.

Fique a saber mais sobre este problema, mais recorrente na época do outono e do inverno.


O que são frieiras?

As frieiras resultam da ação que o frio protagoniza sobre os vasos sanguíneos superficiais da pele.

As temperaturas baixas fazem com que esses vasos se contraiam. Se essa contração for excessiva, pode comprometer a circulação sanguínea e a chegada do sangue às extremidades do corpo, como os dedos dos pés ou das mãos.

Consequentemente, quando a temperatura da pele é recuperada, existe um congestionamento da circulação e a inflamação dos tecidos envolventes ocorre, surgindo este problema (normalmente as lesões aparecem 12 a 24 horas após a exposição a ambientes frios e melhoram em duas a três semanas).

Apesar deste ser um problema, geralmente, benigno, ele pode carecer de avaliação e de acompanhamento médico, uma vez que pode também ser uma manifestação de doenças reumatológicas. Perante um quadro mais severo, pode ser necessária a toma de fármacos com ação vasodilatadora, a qual deve ser sempre feita sob indicação médica.

Em situações mais graves, as frieiras podem danificar os tecidos e os músculos, originando complicações ósseas e infeções, provocadas por bactérias, fungos e vírus.

Nesses casos, as frieiras devem ser ligadas, mantendo a zona afetada seca, limpa e hidratada.


Sintomas

O principal sintoma das frieiras é o aparecimento das frieiras propriamente ditas, ou seja, de nódulos que podem ter uma tonalidade vermelha ou arroxeada e que, por vezes, podem evoluir para úlceras.

Normalmente, estas feridas podem causar:

  • Desconforto, dor, ardor e prurido (sendo que deve evitar coçar as frieiras, preferindo massajar suavemente a região atingida com um creme hidratante).
  • Pele fria, dormente, dura e com uma cor que pode ir do branco ao azulado.
  • Bolhas.
  • Inchaço.
  • Fissuras.

Fatores de risco

Existem alguns fatores e circunstâncias que podem favorecer o surgimento de frieiras, como, por exemplo:

  • Frequentar ambientes frios e húmidos.
  • Ter doenças que dificultem a resposta ao frio, como é o caso da diabetes.
  • Ser mulher (sobretudo jovem), criança ou idoso (no caso dos mais velhos, as frieiras podem tornar-se crónicas e apresentarem uma sintomatologia mais grave).
  • Possuir problemas de circulação sanguínea ou cardiovasculares.
  • Ter antecedentes familiares de frieiras.
  • Ter problemas hormonais.
  • Sofrer de lúpus, anemia ou da doença de Raynaud.
  • Possuir um índice de massa corporal abaixo do recomendado.

Como prevenir este problema?

É possível tentar evitar as frieiras, adotando alguns cuidados e precauções, tais como:

  • Vestir roupa apropriada à estação, que proteja do frio e da humidade e que não seja demasiado justa.
  • Tentar não passar muito tempo em espaços frios e húmidos.
  • Não colocar as mãos em água fria ou em gelo e tentar não molhar constantemente as mãos, nem as deixar contactar diretamente com detergentes.
  • Não sujeitar o corpo a grandes diferenças de temperatura.
  • Ter sempre os pés e as mãos quentes e secos.
  • Não expor as mãos diretamente a fontes de calor.
  • Manter a pele bem hidratada, de preferência com cremes à base de produtos naturais com ações anti-inflamatórias, estimulantes da circulação sanguínea, regeneradoras, calmantes e cicatrizantes, como a Ginkgo Biloba, o Aloé Vera e a Calêndula, evitando os cremes com cortisona, pois agravam o problema circulatório que está na origem das frieiras.
  • Ter um estilo de vida saudável (beber bastante água, praticar desporto e comer de forma equilibrada).
  • Não fumar, nem consumir bebidas alcoólicas ou com cafeína.