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Saiba tudo sobre a escarlatina

A escarlatina é uma patologia que costuma afetar as crianças até aos 10 anos de idade, sobretudo no inverno e na primavera, e não apresenta grande gravidade, apesar de ser muito contagiosa.

Carateriza-se como sendo uma espécie de amigdalite ou de faringite, acompanhada por erupções cutâneas ou manchas vermelhas na pele. É possível ter escarlatina até três vezes na vida, já que há três toxinas imunologicamente diferentes e capazes de causarem esta doença. Descubra mais sobre esta patologia que é contagiosa.


O que é a escarlatina?

Um dos aspetos importantes a considerar a propósito da escarlatina prende-se com a sua forma de transmissão.

Assim, a contaminação por escarlatina pode acontecer através do contacto com as gotículas respiratórias de doentes com esta patologia ou de portadores assintomáticos desta doença.

Esse contacto pode acontecer através da tosse, espirro, beijo ou partilha de objetos pessoais, como talheres, copos, escova dos dentes, de pessoas infetadas (uma pessoa contaminada após 12 horas, é capaz de transmitir a infeção para outras pessoas, mesmo que não tenha desenvolvido qualquer sintoma).

O período de contágio desta patologia vai de 10 dias a três semanas, mas habitualmente termina 12 horas após o fim da febre.


Sintomas

Após o período de incubação de um a quatro dias, a doença começa a manifestar-se de forma súbita, através de inflamação na garganta, dores pelo corpo e febre acima de 38,5ºC. Posteriormente, podem ocorrer demais sintomas, cujos principais são:

  • A pele fica avermelhada - costuma ser o sinal caraterístico, que surge 12 a 24 horas após o início do quadro);
  • Linhas de Pastia (linhas avermelhadas nas dobras cutâneas);
  • Língua rugosa (em framboesa);
  • Face avermelhada com palidez ao redor dos lábios;
  • Febre alta;
  • Calafrios;
  • Mal-estar geral;
  • Dores de cabeça, de garganta, abdominais e no corpo;
  • Garganta com pus;
  • Vómitos e náuseas;
  • Amígdalas avermelhadas;
  • Dificuldade em engolir;
  • Pequenos pontos ligeiramente salientes, punctiformes, primeiro rosados e, depois, vermelhos, que tornam a pele áspera, sobretudo na base do pescoço, axilas e virilhas, estendendo-se, posteriormente, para o tronco e zona das pregas de flexão, até desaparecerem ao fim de quatro a seis dias;
  • Rubor na região das pregas cutâneas, como axilas, virilhas, cotovelos, joelhos e pescoço, e no rosto;
  • Palidez em torno da boca;
  • Inflamação dos gânglios do pescoço;
  • Descamação da pele, principalmente dos dedos, passada uma semana sobre o início dos sintomas.

Causas

Na origem da escarlatina, está o estreptococo do grupo A (β-hemolítico), o Streptococcus pyogenes.

Esta bactéria produz toxinas que originam uma resposta inflamatória que, por sua vez, causa a dilatação dos vasos sanguíneos da pele. Daí, a cor avermelhada sobretudo nas pregas cutâneas e na língua dos portadores desta doença.


Tratamento

Para tratar a escarlatina, é necessário ser visto por um médico que, após o diagnóstico da doença, terá de prescrever antibióticos, nomeadamente a penicilina ou a amoxicilina. Estes fármacos são capazes de limitar a duração e a gravidade da doença, além de evitarem a sua transmissão a terceiros.

De modo a controlar a febre e as dores, é sugerida a toma de paracetamol ou de ibuprofeno. Quando a pele começar a descamar, pode ser aconselhada a aplicação de cremes hidratantes.

Quanto às medidas não farmacológicas, é recomendada a ingestão regular de líquidos e de alimentos preferencialmente moles.


Prevenção

A melhor maneira de prevenir a escarlatina é evitar o contacto com pessoas que estejam com esta doença. Por isso, sempre que uma criança é diagnosticada com esta patologia, não deve regressar à creche, infantário ou escola até ter completado 24 horas de tratamento, de modo a evitar que transmita a doença a outras crianças.

Além disso, é importante que todos tenhamos o hábito de fazer uma higienização regular das mãos, de modo a evitar que elas sejam portadoras de bactérias, que podem entrar no nosso organismo se, por exemplo, colocarmos a mão na boca, sem antes a lavarmos convenientemente.