O que é a osteoporose? Saiba como tratar
Osteoporose: fatores de risco e formas de prevenção
A osteoporose é uma doença que pode afetar uma parte ou a totalidade do esqueleto. A sua principal caraterística é a perda de resistência óssea. Daí, os ossos ficarem mais suscetíveis a fraturas.
O indivíduo com osteoporose tem, assim, ossos mais frágeis e quebradiços e, por isso, menos capazes de suportarem as tarefas quotidianas que envolvam a carga e o transporte de pesos.
Portanto, esta é uma patologia incapacitante, mas que pode ser controlada e, sobretudo, prevenida. Fique a saber mais.
O que é
Como já dissemos, a osteoporose é uma doença óssea. Os ossos são compostos por minerais, como o cálcio, e por outros constituintes, como o colagénio.
Até aos 20/30 anos de idade, o organismo reúne o seu capital ósseo, ou seja, a quantidade máxima de massa óssea. Por outro lado, a partir dos 40/45 anos, esse mesmo capital ósseo começa a ser perdido. No caso feminino, a menopausa pode acelerar ainda mais este processo.
O processo de envelhecimento também se reflete nos ossos, os quais, com o passar dos anos, deixam de se remodelar de maneira equilibrada. Assim, a estrutura óssea passa a ser mais frágil, composta, essencialmente, por trabéculas (travessas muito finas).
Sintomas
Geralmente, o primeiro sinal de osteoporose surge na sequência de uma fratura óssea. Porém, o indivíduo já pode ter esta doença silenciosa há vários anos.
Algumas das fraturas mais frequentes ocorrem: nas vértebras, colo do fémur (anca), antebraço (punho), costelas e bacia. De entre estas fraturas, há algumas mais facilmente detetáveis do que outras.
Por norma, estas fraturas manifestam-se através de uma dor aguda. Em situações mais severas, pode configurar-se um quadro doloroso crónico, com agravamento da cifose, diminuição da estatura corporal e até prejuízo da capacidade respiratória.
Consequências
Em virtude dos seus sintomas, a osteoporose, além de dor, pode interferir negativamente na qualidade de vida do indivíduo e, em alguns casos, até aumentar o risco de mortalidade.
Algumas das consequências mais comuns da osteoporose são:
- Perda de qualidade de vida;
- Dor constante;
- Fraturas na anca, punho e vértebras;
- Dificuldade em manter o equilíbrio em pé;
- Redução da estatura e ganho de curvatura nas costas;
- Perda gradual de autonomia;
- Degradação geral.
Fatores de risco
Há condições e circunstâncias que constituem fatores de risco para a osteoporose, nomeadamente:
- magreza;
- ingestão de poucos produtos lácteos;
- tabaco;
- sedentarismo;
- ter dificuldade em manter-se em pé;
- corticosteróides;
- anorexia nervosa;
- doenças reumáticas;
- diarreia crónica;
- perturbações da tiróide;
- transplante de órgãos;
- menopausa antes dos 45 anos;
- ooferectomia (remoção dos ovários), antes dos 50 anos;
- fratura depois dos 50 anos;
- história familiar de fraturas depois dos 50 anos.
Diagnóstico e tratamento
Se houver suspeitas de osteoporose, quer devido à existência de fatores de risco, quer devido a outros indícios, o médico, após observar e examinar o paciente, pode requisitar alguns exames, tais como radiografias, análises ao sangue e densitometria óssea.
Este último exame é indolor e permite medir a densidade óssea, contribuindo para um mais rápido e rigoroso diagnóstico da osteoporose.
Quando a osteoporose é diagnosticada, é necessário o tratamento com fármacos, a par de suplementos de cálcio e de vitamina D, os quais devem ser complementados por uma dieta alimentar rica nestes minerais.
A função dos fármacos para a osteoporose é atuarem no metabolismo ósseo, inibindo a reabsorção/perda ósseas e estimulando a formação óssea. Quanto ao seu modo de administração, estes medicamentos podem ser tomados por via oral ou injetável, a um ritmo diário, semanal, mensal ou mesmo anual.
A terapêutica deve ser sempre personalizada, ou seja, deve discutir com o seu médico o tratamento e a duração mais indicados para o seu caso.
Prevenção
Felizmente, há maneiras de tornar menos provável o desenvolvimento de quadros de osteoporose. Algumas dessas maneiras passam por: ingerir cálcio e vitamina D e realizar frequentemente exercício físico.
Cálcio
Naturalmente que as necessidades de cálcio vão variando ao longo dos anos. Eis a dose diária de cálcio recomendada, de acordo com a faixa etária.
Crianças | 600 a 800 mg |
Adolescentes | 900 e 1200 mg |
Adultos | 800 e 1000 mg |
Para conseguir alcançar os níveis de cálcio necessários em cada fase da vida, é importante fazer uma alimentação rica em ingredientes com este mineral, nomeadamente:
- produtos lácteos magros (leite, iogurte e queijo);
- vegetais verdes;
- cereais e pão;
- produtos enriquecidos com cálcio.
Por outro lado, deve evitar refrigerantes e dietas alimentares pobres em proteínas, de modo a garantir uma satisfatória produção de colagénio no osso.
Exercício físico
A prática de atividade física, desde cedo, é fundamental e altamente recomendável. Portanto, exercite as pernas, de modo a estimular o metabolismo ósseo. Para isso, pode praticar jogging ou marcha, por exemplo.
Sempre que possível, pratique desporto ao ar livre e ao sol (às horas de menor calor e com proteção), pois também precisa dos raios solares para garantir a síntese de vitamina D de que o seu organismo necessita para uma adequada absorção do cálcio nos intestinos.
Outros conselhos importantes
- Não exagerar no consumo de álcool;
- Não fumar;
- Prevenir as quedas;
- Usar calçado com revestimento em borracha e anti-derrapante;
- Verificar o estado da visão e da audição;
- Conferir se toma medicação que possa interferir com o equilíbrio.