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O que é um aneurisma cerebral?

Na generalidade dos casos, o aneurisma cerebral não provoca qualquer sintoma, levando a que seja descoberto apenas quando rompe. Nessa altura, a pessoa sente uma dor de cabeça muito intensa, dor essa que pode instalar-se de forma repentina ou que se vai intensificando com o passar do tempo.

Há quem refira a sensação de cabeça quente e a sensação de “sangue a escorrer dentro da cabeça”.

Como já referimos, a grande maioria dos aneurismas são assintomáticos, embora alguns, nomeadamente os maiores ou em crescimento, provoquem sintomas, como paralisias oculares, estrabismo, visão dupla, ou uma dor constante atrás do olho, bem como perda de visão e uma sensação de formigueiro no rosto.

Por vezes, antes de romperem, os aneurismas podem provocar cefaleia sentinela, ou cefaleia de aviso, o que deriva da expansão do aneurisma ou do sangue que alastra para o espaço subaracnoide.

No momento em que o aneurisma rompe, surge, então, uma cefaleia repentina e intensa. Nesta altura, o doente pode também sentir náuseas, vómitos, fotossensibilidade, torcicolo, ou chegar a ter convulsões ou perda de consciência.

Diagnóstico, tratamento e fatores de risco de um aneurisma cerebral

Diagnóstico

Para confirmar a existência de um aneurisma, é necessário fazer exames para avaliar as estruturas do cérebro e identificar a existência de algum tipo de dilatação nos vasos sanguíneos.

Os meios complementares de diagnóstico mais utilizados neste caso são a tomografia axial computadorizada (TAC), a ressonância magnética ou uma angiografia cerebral.


Tratamento

O tratamento de um aneurisma depende de vários fatores, desde logo, de ter ou não rompido, do historial clínico do paciente e do tamanho.

Quando o aneurisma rompe, está-se perante uma emergência médica e o tratamento passa, normalmente, pela cirurgia para reparar a artéria que está a sangrar no interior do cérebro.

Quanto mais rápida for a prestação de cuidados, menores são as hipóteses de existência de sequelas graves.

No caso de aneurismas que não romperam, é comum os médicos optarem por não submeter o doente à cirurgia, já que o risco de o aneurisma romper durante aquele procedimento é muito elevado.

O doente é, assim, sujeito a uma monitorização regular do tamanho do aneurisma, para garantir que não está a aumentar de tamanho.

Em alguns casos, há a opção pela cirurgia endovascular com colocação de stent. No entanto, esta é, igualmente, uma cirurgia bastante delicada pelo elevado risco de rutura do aneurisma.


Sequelas

Quando um aneurisma cerebral rompe, regra geral, a hemorragia dura apenas alguns segundos, mas o sangue que se propaga pode danificar as células circundantes, provocando, igualmente, pressão no crânio.

Se esta pressão for muito elevada, o fornecimento de sangue e oxigénio ao cérebro pode ser interrompido, podendo levar à perda de consciência ou mesmo à morte.

Depois da rutura de um aneurisma, o doente pode sofrer alterações neurológicas semelhantes às de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), como, por exemplo, dificuldade em mexer um braço, dificuldade em falar e articular frases ou lentidão de pensamento.

As pessoas que já tiveram um aneurisma apresentam maior risco de vir a sofrer outro.


Fatores de risco

Não são totalmente conhecidas as causas da formação de aneurismas, mas há alguns fatores que potenciam o risco do seu aparecimento, nomeadamente, a hipertensão, ser fumador ou consumir drogas, consumir bebidas alcoólicas ou ter antecedentes familiares.

Algumas doenças congénitas, como a doença dos ovários poliquísticos, estenose da aorta ou uma malformação cerebral podem determinar uma maior propensão para a formação de aneurismas cerebrais.