Citologia: conheça a importância deste exame
A citologia é um exame que permite detetar alterações celulares induzidas por processos patológicos.
Existem dois principais tipos de citologia: a citologia esfoliativa (ginecológica e não ginecológica) e a aspirativa.
Este exame permite a recolha de células de um determinado tecido ou órgão do corpo, das quais, após análise ao microscópio, é possível avaliar o seu crescimento e o seu funcionamento.
A citologia pode servir para o estudo de nódulos, líquidos e secreções corporais. Alguns exemplos são as células do colo do útero, do líquido pleural, do líquido ascítico, do líquido das articulações, da urina ou da expetoração.
Tipos de citologia e a sua importância
A citologia possibilita a análise das células colhidas num órgão, nas cavidades ou em espaços anatómicos.
A citologia pode ser: esfoliativa ginecológica, esfoliativa não ginecológica ou, aspirativa. Eis as suas principais caraterísticas:
Citologia esfoliativa ginecológica
A citologia esfoliativa ginecológica, também conhecida como citologia cervico-vaginal ou Papanicolau, trata-se de um exame de rastreio do cancro do colo do útero. Como tal, esta citologia ajuda a prevenir o surgimento deste cancro e contribui para o seu diagnóstico e tratamento precoces, reduzindo em 80% as mortes causadas por esta doença.
Além disso, esta citologia permite a deteção de bactérias de transmissão sexual, como a clamídia. Para isso, são colhidas células da superfície externa do colo do útero que seguem, posteriormente, para análise laboratorial.
O exame pode ser realizado por um ginecologista ou por um médico de clínica geral.
Trata-se de um procedimento rápido que pode causar algum desconforto, sobretudo se houver tensão muscular na zona pélvica. Os métodos usados na execução deste exame podem ser a citologia convencional ou a citologia em meio líquido.
Quando fazer
Geralmente, a citologia esfoliativa ginecológica começa a ser feita, grosso modo, a partir dos 25 anos de idade (ou quando a mulher inicia a sua vida sexual) e repetida de três em três anos, até a pessoa atingir os 65 anos de idade.
Noutros casos, o exame pode ser repetido de cinco em cinco anos, se acompanhado da realização de um teste de pesquisa de HPV de alto risco.
De modo a não prejudicar a preparação e a leitura das lâminas, a citologia não deve ser feita se a mulher estiver menstruada ou se nas 48 horas anteriores à realização do exame tiver:
- Tido relações sexuais;
- Feito irrigações vaginais;
- Usado espumas, cremes, geleias contracetivas ou algum medicamento de aplicação vaginal.
Citologia esfoliativa não ginecológica
Este tipo de citologia carateriza-se pela colheita de células presentes em lavados, escovados ou secreções, oriundos de órgãos como o pulmão, de cavidades serosas (abdominal e pleural) e da urina.
Através da sua análise, pode ser possível detetar células malignas e/ou pré-malignas.
Citologia aspirativa
A citologia aspirativa, também chamada de punção aspirativa por agulha fina (PAAF) ou de citologia aspirativa por agulha fina (CAAF), é usada para retirar células de nódulos palpáveis em órgãos ou tecidos, que seguem para análise, para caraterização do tipo de lesão.
Para realizar este exame, é usada uma agulha de calibre fino acoplada a uma seringa, a qual permite a colheita das células, através da sua aspiração.
Este exame deve ser feito por um médico anatomopatologista. Trata-se de um procedimento simples, relativamente rápido e apenas desconfortável, que pode ser aliviado com recurso a um anestésico tópico em spray.
A técnica usada na execução destes exames também pode variar. Assim, podemos falar em:
Citologia convencional
Citologia ginecológica ou não ginecológica em que as células recolhidas são espalhadas numa lâmina histológica de vidro, fixadas e coradas com a coloração de Papanicolaou.
Citologia em camada fina
Citologia fixada num meio líquido e processada automaticamente, facilitando a avaliação médica.
É importante fazer regularmente este exame, esteja atenta à sua saúde!
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