Post Image

Vacina da gripe: quem deve tomar?

A gripe é uma doença aguda provocada pelo vírus Influenza, que afeta principalmente as vias respiratórias e é contagiosa.

Habitualmente, a gripe desaparece de forma espontânea. Porém, em algumas pessoas, como, nos idosos e doentes crónicos, pode dar origem a complicações sérias.

Uma vez que os vírus da gripe estão em constante mutação, a imunidade garantida pela vacina não dura de um ano para o outro, pelo que a vacinação é repetida todos os anos.

Em Portugal, a maior atividade gripal tem acontecido entre os meses de dezembro e fevereiro.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a vacina não provoca gripe, pois não contém vírus vivos. O que acontece, muitas vezes, é a ocorrência de outras doenças respiratórias virais para as quais não existe vacinação.


Tomar ou não a vacina da gripe

Quem deve ser vacinado

A vacina da gripe é fortemente recomendada para todas as pessoas que, no fundo, correm maior risco de complicações.

Os grupos prioritários, abrangidos pela vacinação gratuita em 2020/2021, são os seguintes:

  • Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos;
  • Doentes crónicos e imunodeprimidos, com seis ou mais meses de idade;
  • Grávidas;
  • Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.

A vacina também é gratuita para pessoas nestes contextos:

  • Residentes em instituições, incluindo Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, Lares de Apoio, Lares Residenciais e Centros de Acolhimento Temporário;
  • Utentes de Serviço de Apoio Domiciliário;
  • Doentes na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados;
  • Pessoas apoiadas no domicílio pelos Serviços de Apoio Domiciliário, com acordo de cooperação com a Segurança Social ou Misericórdias Portuguesas;
  • Doentes que sejam apoiados no domicílio pelas equipas de enfermagem das unidades funcionais prestadoras de cuidados de saúde ou com apoio domiciliário dos hospitais do SNS;
  • Doentes internados em unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde, que apresentem patologias crónicas e condições para as quais a vacina é recomendada;
  • Reclusos que se encontram detidos nos estabelecimentos prisionais.

Quando tomar a vacina

A vacina deve ser tomada durante o período de outono e inverno, de preferência até ao fim do ano.

Este ano, devido ao contexto de pandemia provocado pela Covid-19, existem duas fases de vacinação:

  • 1ª fase de vacinação – arrancou a 28 de setembro e destina-se às seguintes pessoas:
    • residentes, utentes e profissionais de estabelecimentos de respostas sociais;
    • doentes e profissionais de saúde da rede de cuidados continuados integrados;
    • profissionais do Serviço Nacional de Saúde;
    • grávidas.
  • 2ª fase de vacinação – a partir de 19 de outubro:
    • para os restantes grupos alvo abrangidos pela campanha de vacinação gratuita, incluindo as pessoas com 65 anos ou mais.

Pessoas sem direito a vacina gratuita

As pessoas que não estão abrangidas pela vacinação gratuita podem adquirir a mesma na farmácia.

Para tal será necessário possuírem receita médica, o que lhes dá direito a uma comparticipação de 37%.

As receitas médicas serão válidas até 31 de dezembro do corrente ano.

Quem comprar a vacina da gripe deverá tomá-la o mais rapidamente possível. Caso a leve para casa, deverá conservá-la dentro da embalagem, no frigorífico, a uma temperatura entre os 2-8º C.


Quem não deve ser vacinado

Apesar da vacina ser útil, há pessoas para quem ela é contraindicada.

Não devem tomar a vacina as pessoas que tenham antecedentes de:

  • reação anafilática a qualquer um dos componentes da vacina, nomeadamente, aos excipientes ou às proteínas do ovo;
  • Síndrome de Guillan-Barré nas seis semanas seguintes à administração de uma dose da vacina. A decisão de vacinar será ponderada caso a caso.

A vacina da gripe e a COVID-19

O atual contexto de pandemia, provocado pela Covid-19, torna conveniente que todas as pessoas que tenham recomendação médica sejam vacinadas contra a gripe.

A vacina não é eficaz contra o novo coronavírus, mas é muito importante reduzir ao máximo o risco de contraírem doenças respiratórias que possam ser confundidas com a Covid-19 e obriguem a fazer o teste.